“Seu Cabral vinha navegando, quando alguém logo foi gritando: ‘terra à vista’ “Foi descoberto o Brasil e a ‘turma’ gritava: ‘bem vindo Seu Cabral.”
Não pude resistir a começar o presente texto com este jingle, mesmo que isso leve a “turma” a descobrir quão “velhinha” eu sou.
Jingle da década de 1960 fez sucesso estrondoso e ainda está na memória de quase todos que eram crianças ou adolescentes naquela época. Ele indica quanto a história oficial está arraigada à nossa mente e nosso coração.
Imaginar três caravelas chegando a uma praia qualquer da Bahia, no dia 22 de abril de 1500, encontrando seus moradores nus gritando: bem vindos, venham nos ensinar coisas, somos incivilizados, precisamos entrar na era “civilizatória”. Será verdade?
E os visitantes felizes da vida por terem encontrado “terra linda, generosa e gente muito bondosa”, trocavam as florestas de Pau Brasil por miçangas, espelhos e outras quinquilharias.
Esta historinha deve estar ainda na memória de muitos brasileiros. Faz pouco tempo que a história oficial tem sido revisitada e pasmem as coisas não foram bem assim.
Felizmente a História do Brasil está sendo recontada. Aos poucos, todos nós, brasileiros, devemos nos inteirar dela. História não é aquela coisa chata, de decorar datas e nomes de heróis como foi ensinado a muitas gerações. Aquilo era só um jeito de contar a história. Existe outro jeito mais dinâmico, interessante, prazeroso e verdadeiro de conhecer a história. E é essa história revisitada que quero lhes contar. Ela é interessante justamente porque nos faz entender com outros olhos todo o contexto histórico social e cultural que nos rodeia. Passamos a compreender até nossos hábitos e porque somos assim e não como os americanos ou os europeus.
A História é viva. Ela está se fazendo neste exato momento em que estou escrevendo este texto e eu tanto quanto você fazemos parte dela. Nós somos personagens históricos, mesmo que jamais nada seja escrito sobre nós.
Por este motivo, humildemente proponho-me a contar um pouquinho da história do Brasil revisitada. Nada muito científico, mas embasada em pesquisa confiável. Nada de datas e heróis, mas de um jeito tão especialmente retrospectivo que através dela vocês vão acabar compreendendo a sua própria história.
Até a próxima.
Texto de Lidia de Oliveira Calisto