Quando assistimos filmes de aventura onde existem heróis e homens cruéis, torcemos sempre para a conquista do bem e até esquecemos quantas perdas, quantos sacrifícios, quantas dúvidas acompanharam a vida do herói que paga um preço bem alto pelas suas escolhas para estabelecer outra ordem, outros valores.
Sinto-me assim com a diferença de que não sou heroína, mas alguém que por escolha interna resolveu desafiar o caminho da roça e propor uma modificação na forma de interpretar qual o papel de uma casa espiritual nesse momento crítico da sociedade.
O antigo comportamento de acolher, assistir colocando almas em total dependência do tratamento as coloca numa posição de acomodação e responsabilizando os desencarnados a obrigação de curá-los da obsessão, da depressão, da perturbação, tendo como obrigação semanal a leitura de uma página do evangelho, como se isso minimizasse as investidas do plano denso.
Não há estudo constante, nem grupos onde se possa abordar assuntos sobre os avanços tecnológicos utilizados pelo poder das sombras nas obsessões complexas.
Lançar um olhar mais profundo sobre o comportamento da sociedade e estudar com afinco as causas de tantos distúrbios psicológicos e traçar uma linha de ação baseada na transformação do indivíduo tirando-o de uma posição de dependente para agente.
Cada trabalhador precisa hoje se comprometer com suas escolhas responsabilizando-se por sua parte nessa parceria com a espiritualidade, desfazendo a crença que os mentores resolvem tudo sem que você se esforce na mudança. Padrões mentais e posturas emocionais de sentimentalismo e condição de vítima.
O que vejo é uma pedincharia sem fim, o plano espiritual não precisa de rezas, nem de ladainhas, mas de ação.
É urgente que cada trabalhador faça sua parte, colocando em primeiro plano suas responsabilidades no grupo que elegeu. E não deixando a tarefa em último plano, como muitos fazem, quando sobra um tempinho corre para a casa para negociar seu bem-estar.
É hora de sair do jardim de infância espiritual, cresçam todos aqueles que estão realmente certos de algum desejo sincero de se tornar melhor e mais consciente da realidade espiritual.
Ieda Garcia