Sinto-me como uma alma que a cada avanço descortina outras realidades. É uma caminhada desafiadora, pois a cada passo, é preciso destruir quase todas as bases, para construir outras.
É estimulante perceber que o conhecimento é vasto, quanto você se aprofunda, mais percebe que está longe de alcançar a totalidade.
Nesses dias de reclusão no Vale, convivendo com realidades tão contrastantes, o desafio é grande.
Enquanto refletia sobre as origens siderais, batia a minha porta, pessoas que tem o mínimo para sobreviver e se sustentam na fé, de que irão melhorar suas vidas, conseguindo coisas, que para nós já se tornaram irrelevantes.
Diante da abertura consciencial que passamos hoje, o sentido de existir modificou-se. Os objetivos do ontem não são iguais aos de hoje. Os véus estão se rasgando, e não é mais possível guardar crenças, dogmas e julgamentos. A cada momento, os ídolos caem, restando à razão que sofre a cada dia impulsos cósmico para o despertamento do grande sono existencial.
Ficamos adormecidos dentro de sistemas de controle que foram fortalecidos ao longo dos milênios, enfraquecendo nossa vontade e acima de tudo distorcendo a realidade, quanto as nossas origens siderais.
Existe um sentimento forte de indignação quando você percebe que esses padrões estão profundamente inseridos nessas consciências, e que é quase impossível modifica-las.
O que fazer, então?
Creio que é seria começar pelo simples incentivando o melhor de cada um, através do nosso melhor, como um professor que pacientemente ensina as primeiras letras na alfabetização acreditando que a semente plantada vai um dia brotar em conhecimento das questões essenciais da vida.
De onde vim? Qual a parte que me cabe nesse momento? Para onde vou? E qual a contribuição que dei na minha passagem por aqui, com aqueles que compartilhei minhas ações.
O tempo é regulado pela intensidade com que vivemos as experiências junto as nossas escolhas.
Que tenhamos o melhor aproveitamento nesse momento crucial da humanidade terrena e que possamos crescer enquanto consciência.