Asteya – não roubar – O 3º Yama

Considerações iniciais

Em qual tipo de pessoa você se encaixa ?

  • 1 – Ladrão- pega e não devolve nada ( não dá nada )
  • 2 – Devedor – pega e não devolve tudo ( dá bem pouco)
  • 3 – Justo – pega e devolve tudo que pegou ( dá e recebe igualmente)
  • 4 – Generoso – pega e devolve mais que pegou ( dá mais do que recebe )
  • 5 – Sábio – só dá , não pega nada

Significado

Asteya é a terceira norma ética dos Yogis, o terceiro yama, que significa não roubar. Asteya significa, em sânscrito, não furtar ou não se apropriar do que não nos pertence. Em outras palavras,: “Steya significa pegar ilegalmente coisas pertencentes a outrem. asteya é abstenção dessas tendências, mesmo que em pensamento”.

O escritor Indiano I.K. Taimni no livro “A Ciência do Yoga” faz comentários da 1ª codificação do Yoga feita no século VI a.C. por Patañjali ,o grande filosofo Indiano e neste livro ele escreve o seguinte sobre este Yama: ” Asteya não deve ser interpretada apenas como abstinência de roubo, mas como abstinência de qualquer tipo de apropriação indébita. O futuro Yogi não pode se permitir apropriar-se do que não lhe pertence propriamente, não apenas dinheiro ou bens, mas até mesmo coisas intangíveis, porém altamente vantajosas, como crédito por coisas que não fez ou privilégios que de direito não lhe pertençam. Somente quando uma pessoa consegue eliminar, até certo ponto, esta tendência à apropriação indébita em suas formas mais grosseiras, é que começa a descobrir as formas mais sutis de desonestidade que permeiam nossa vida e das quais dificilmente nos conscientizamos.” Roubar é pegar o que não foi dado, e compreende desde o roubo armado até tomar emprestado algo e não devolver. Eximir-se de pagar os impostos que deveríamos é uma outra forma de roubo, assim como pegar artigos de nosso local de trabalho para o nosso uso pessoal.

Asteya está muito relacionado com os outros Yamas ( Ahimsa, Satya e Aparigraha ).
A origem do ato de furtar pode estar intimamente ligada ao apego, que é o principal impedimento para o desenvolvimento da determinação de ser livre, e que contraria outro yama: aparigraha.

Ao evitarmos o mau uso da propriedade alheia, ficaremos mais atentos às nossas atitudes e ações em relação às posses dos outros. Isto é muito útil e auxilia a evitar conflitos com aqueles que estão próximos de nós. Além disso, as pessoas confiarão em nós e desejarão nos emprestar coisas e também não terão medo de que seus artigos desapareçam quando não estiverem por perto. Dessa forma, estaremos nos relacionando com os outros de forma construtiva e ética, e aplicando asteya, ahimsá (ou não-violência – pois roubo é uma forma violência) e aparigraha (ou desapego – nesse caso, aos bens alheios).

Texto de Mário Brandão

Para ler o texto completo por favor baixe o documento: Asteya-nao-roubar

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