Vivos mortos ou mortos vivos

Quando olho a multidão absorvida, hipnotizada, dormida.
Sempre me pergunto, em que momento o Ser deixou de se procurar,
de se conhecer e se libertar.
Ao analisar em que bases a sociedade se estabilizou vejo princípios corrompidos, ideias distorcidas, valores invertidos.
A pessoa nasce e logo descobre que precisa ser alguém.
Nunca lhe disseram que ela já é alguém.
Confunde as conquistas internas com as externas.
Quer TER e não SER, e com isso estabelece um projeto de vida que prioriza a obtenção de bens.
Trabalha no mínimo 35 anos muitas vezes no que não gosta, sacrifica suas horas de sono, lazer e com isso arrasta para a velhice uma série de consequências.
Acumula bens, o máximo que pode, para que na velhice encontre o abandono e para seus descendentes deixa seu patrimônio que muitas vezes ocasiona disputas, desunião, rancores.
E na espiritualidade ingressa de mãos vazias e com a alma despedaçada.
Pergunto: Esta pessoa viveu ou esteve morto consciencialmente durante o período que esteve encarnado?
Acordar significa dar sentido à vida, a existência.
Tudo que faz parte das suas escolhas é temporário,
então direcione o foco para bens duradouros, na aquisição de virtudes que você levará aonde estiver nesse Universo sem fim e seja bem-vindo ao mundo dos vivos.

Ieda Garcia

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